Nesta segunda-feira, 12, a Abimaq promove reunião online de seus associados com o Grupo Maurano, um dos maiores importadores de inox do mercado brasileiro. Trata-se da quarta reunião que a entidade promove com siderúrgicas e tradings internacionais com o objetivo de buscar melhores preços que os praticados no mercado interno. Esta postura marca uma mudança na estratégia da entidade, que decidiu estimular seus associados a importar aço, após várias tentativas mal-sucedidas de buscar a diminuição dos preços via reuniões com siderúrgicas e distribuidoras locais.
“O preço do aço no Brasil subiu em demasia”, afirma José Velloso, presidente-executivo da Abimaq. “Alguns tipos de aço no Brasil ficaram entre 30% e 40% superiores aos preços dos importados. Isto abriu espaço para a importação. Mesmo pagando impostos, tarifas alfandengárias, fretes etc., o importado ainda chega aqui entre 10% e 32% mais barato que o nacional, dependendo do tipo de produto”, destaca Velloso.
Segundo Marcos Peres, superintendente de Mercado Interno da Abimaq, a importação de aços está em crescimento, tendo registrado recorde em maio. Este fato está pressionando as siderúrgicas. “Como resultado, alguns grandes consumidores já foram procurados por siderúrgicas que se mostraram abertas a negociações”, diz Peres. “Além disso, alguns aumentos previstos para junho e julho não foram implementados em sua totalidade”.
Já foram realizadas reuniões com a Baosteel, maior fabricante de aços do mundo; com a Duferco, da Suíça, uma das principais tradings do mundo; e com a nacional Comexport. A cada uma dessas reuniões o número de associados participantes dos encontros tem crescido. Na primeira foram 160 associados da Abimaq; a mais recente, nesta segunda, 12, já contava com 300 inscritos.
Fonte: Usinagem Brasil